Se tivesse vivo, Aluízio Alves completaria hoje, 11 de agosto, 99 anos. Vamos imaginar Aluízio olhando do céu para seu legado. Seu filho e sucessor político, Henrique Alves, sem mandato, sem votos, encalacrado até o pescoço com a justiça, depois de passar uma temporada (11 meses) preso.
Seu sobrinho, que herdou seu carisma, Garibaldi Alves, também sem mandado, perdeu em 2018 a reeleição para o senado. Figura querida, Gari talvez não tenha mais saúde para enfrentar uma disputa eleitoral. Seu outro sobrinho, que sempre foi rebelde ao grupo, Carlos Eduardo, também vem de derrota para o governo do estado, apesar de ter grande liderança em Natal, não pode ser candidato a prefeito porque se não tivesse renunciado ao cargo, estaria no segundo mandato como chefe do executivo.
O parente mais próximo com mandato é seu sobrinho neto Walter Alves, deputado federal, sem muita vontade de ter uma liderança no estado. Tem Zé Dias, deputado estadual, seu cunhado, mas seu mandato não tem vínculos com a oligarquia que comandou o estado por décadas. Aluízio ainda tem outro sobrinho neto que é vereador em Natal, Felipe Alves. Esse vai precisar rebolar para conseguir a reeleição.
A falta de continuação do legado de Aluízio não foi só na política, seu grupo de comunicação, o maior do estado se esfacelou. O comando da TV Cabugi foi passado para a InterTV, que tem disputa judicial com Henrique Alves, sócio minoritário. A InterTV sonha em tirar Henrique da socieade. As outras duas pérolas da coroa, Tribuna do Norte e Rádio Cabugi de Natal, atual FM Pan News, estão sendo comandadas pelo empresário Flávio Azevedo. Henrique é minoritário, sem comando na empresa.
Aluízio não tem o comemorar olhando seu legado lá do céu, Deus o tenha.