No Jornal das 6 entrevistamos Roberta Lacerda logo no início da pandemia, um ano depois fizemos outra entrevista. Ela ganhou fama, ficou popular com discurso do tratamento precoce (não confundir com preventivo), cheguei a dizer que Roberta era a mulher mais importante da história do RN.
Com a chegada da vacina, o discurso de Roberta perdeu força. Ela agora prega contra a vacinação obrigatória nas crianças de 5 a 11 anos. Coloca uns estudos e relatórios, sinceramente, não sei avaliar se é certo ou errado.
Durante esses quase dois anos confiei no que Roberta prega, só fiquei afastado do seu pensamento na era pós-vacina. O que me impressiona nessa história toda é a coragem de Roberta, ela tem quase uma cruzada hercúlea, vai contra todos, peita, não tem medo de agressões e intimidações.
Eu não sei dizer se tem algum fundamento o que ela diz, só sei que inúmeros médicos no privado concordam e ninguém tem coragem de falar em público.
Roberta pode ser um gênio ou uma louca varrida. Não acho que ela teria uma atitude kamikaze, porém tem algo que me impressiona, sua garra destemida. Só o fato de contestar essa "ciência" rígida de uma verdade só, ela presta um grande serviço. Porém ao ir contra a vacina como médica pode ser algo bem complicado para sua profissão.
Estamos bem perto de saber a "verdade", se é que ela existe. Tem algo que acho importantíssimo, o direito dela opinar e das pessoas também criticarem ela. De tudo, mesmo que errada, Roberta tem o direito de falar e opinar, é estranho quem quer calar isso.