O franco-carioca Jean-Paul Prates, ex-senador, não é um político para ser jogado no lixo, mas é isso que o PT está fazendo.
A governadora Fátima Bezerra, a coveira do RN, não tem o menor respeito por Jean. Não deixou ele ser candidato a reeleição, tirou ele de qualquer cogitação ao governo no próximo ano, nunca defendeu Jean na Petrobras, não tem o mínimo diálogo com o colega de partido.
Ontem, na visita de Lula, Jean ficou distante do protagonismo, tinha seu desafeto Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, ao lado do presidente, isso foi uma barreira.
Sempre repito essa frase, NADA CRESCE AO LADO DO PT. Mesmo estando "dentro" do partido, Jean nunca foi reconhecido como um petista autêntico. Foi usado e descartado.
Chamou muita atenção na visita do presidente Lula, ex-deputados e políticos que já foram influentes tirando fotos a mais de 20 metros de distância com o presidente ao fundo, constrangedor.
Governo petista tem espaços para petistas raiz, nunca para aliados ou aqueles que entraram pela janela no partido.
Jean saiu por cima da Petrobras, foi um bom presidente (no sentido de não ter se lambuzado ou provocado um caos). Não era para ser descartado pelo partido ou mesmo jogado no lixo.
Se o ex-senador quer continuar na política vai ter que procurar um outro partido, começar um discurso novo, nem que seja como uma alternativa da esquerda ao PT. Dentro do partido não querem mais ele. Resta a Jean acordar e seguir seu caminho.