O Partido dos Trabalhadores (PT) desistiu de usar urnas eletrônicas e passará a utilizar cédulas de papel na eleição interna da legenda que acontece em 6 de julho.
A decisão foi tomada em reunião da Comissão Executiva Nacional, na última quarta-feira, 21, e se deu pela impossibilidade do empréstimo dos equipamentos pela Justiça Eleitoral. Em março, a direção da sigla havia recorrido à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, para pedir a cessão das urnas para o Processo de Eleição Direta (PED).
A magistrada respondeu que caberia aos tribunais regionais (TREs) de cada estado decidir — a eleição do PT vai definir não apenas o novo presidente do partido, mas os dirigentes locais também.
Até a quarta-feira, os tribunais de quatro estados haviam negado o empréstimo dos equipamentos, alegando falta de segurança e dificuldades logísticas: Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo e Pernambuco. O partido chegou a considerar um modelo híbrido de votação, com uso dos equipamentos nos estados nos quais os tribunais regionais deram a permissão e o uso da cédula de papel nos demais.
A Executiva, no entanto, decidiu por uniformizar toda a votação por meio do voto em papel.
“A Comissão Executiva Nacional, considerando a impossibilidade, junto à Justiça Eleitoral, da cessão das urnas eletrônicas para utilização em todo o território nacional, decide determinar, ad referendum do Diretório Nacional, que o Processo de Eleições Diretas (PED 2025) será realizado exclusivamente por meio de voto em cédulas de papel, em todo o território nacional”, diz a resolução.
Candidatos
As eleições internas da legenda vão escolher, além dos quadros de direção locais, o próximo presidente do Partido dos Trabalhadores.
Nos últimos pleitos, realizados em 2017 e 2019, Gleisi Hoffmann foi eleita e reeleita para chefiar o partido. Ela deixou o cargo neste ano para assumir a Secretaria de Relações Institucionais do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu lugar, quem assumiu interinamente foi o senador Humberto Costa (PT-PE).
Atualmente, os principais candidatos para a presidência são o deputado federal e ex-presidente da legenda, Rui Falcão, e Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e coordenador da campanha de Lula em 2022.
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