Queimação, formigamento, dormência, sensação de compressão ou picadas constantes: esses são alguns dos sintomas da dor neuropática, uma condição causada por lesões ou doenças que afetam diretamente o sistema nervoso somatossensorial. Esse será o tema da palestra da fisioterapeuta Kelly Gama, sócia fundadora do Centro Vitta e referência no tratamento da dor crônica no Rio Grande do Norte, no Congresso Brasileiro de Dor (CBDOR), que acontece entre os dias 7 e 10 de maio, em São Paulo.
Essa dor, que atinge de 7% a 10% da população geral, tem grande impacto na qualidade de vida, gerando sofrimento físico e emocional, e, em muitos casos, incapacidade funcional. A apresentação será no dia 8 de maio e terá como título “Abordagem não farmacológica na dor neuropática periférica: um olhar funcional e integrativo”.
Na palestra, Kelly irá abordar as dores neuropáticas periféricas, com foco nas radiculopatias dolorosas – dores que acometem as raízes nervosas da coluna cervical, torácica, lombar e sacral, frequentemente causadas por hérnias de disco, traumas, artroses ou cirurgias na coluna. “O tecido nervoso é capaz de lidar com as forças mecânicas do dia a dia, mas quando recebe estímulos acima do que pode suportar, entra em sofrimento. Nosso objetivo é identificar essas causas e tratá-las sem o uso exclusivo de medicação”, explica a fisioterapeuta.
A abordagem de Kelly é baseada em um diagnóstico cinético-funcional, que considera o movimento do corpo e as alterações mecânicas que influenciam o sistema nervoso. Para isso, ela utiliza técnicas como a terapia mecânica com o método McKenzie, com exercícios específicos que aliviam a compressão nervosa, e terapia manual para restaurar o fluxo sanguíneo e reduzir a dor nas raízes nervosas.
“O tratamento é direcionado para retirar os estímulos mecânicos que estão sobrecarregando as raízes nervosas. Ao devolver a mobilidade e restaurar a função, conseguimos reduzir significativamente os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, afirma Kelly.
Ressignificador
Além do trabalho clínico com dores neuropáticas, Kelly Gama também é a idealizadora do Ressignificador, um programa multidisciplinar voltado para o tratamento da dor crônica. O método une educação em dor, exercícios com metas funcionais, exposição gradual ao movimento e estímulos sensoriais e cognitivos.
Com anos de atuação na área e liderança no Centro Vitta, Kelly Gama tem se consolidado como referência no cenário da fisioterapia potiguar. Sua participação no Congresso Brasileiro de Dor representa o reconhecimento do trabalho desenvolvido no estado e reforça a importância de abordagens integrativas e personalizadas no enfrentamento da dor.