O governo Lula pagou R$ 336 milhões em emendas após a reunião dos ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda) com os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP).
A notícia é do Metrópoles. O levantamento feto pelo Metrópoles mostra que, em uma semana, foram pagos aproximadamente 5,3% dos R$ 6,3 bilhões liberados este ano pelo Planalto.
Para 2025, estão previstos R$ 50,38 bilhões em emendas parlamentares, mas o governo Lula chegou ao segundo semestre tendo pago somente 12,6% do montante autorizado. O atraso na aprovação do Orçamento deste ano, feito somente no final de março, e sequenciais impasses entre os Poderes, com direito a questionamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a transparência, travaram o fluxo.
A seca é tamanha que até lideranças do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro passaram a procurar caciques do PT, fazendo apelos para o Planalto abrir a torneira e liberar verba. Os congressistas citam que a falta de pagamento tem contribuído para a aridez do Legislativo com relação às propostas do Executivo.
Os congressistas citam a seca das emendas como uma das causas para o péssimo momento da relação entre Congresso e Planalto. Diversos partidos da base se juntaram à oposição para derrubar o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e alguns já anunciaram que seriam contra a Medida Provisória (MP) arrecadatória enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para compensar o recuo na taxação.