Três meses após assumir, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já coleciona escândalos, além do seu “orçamento secreto” que beneficia aliados. São dois contratos sob suspeita para adquirir insulina humana.
Diz a denúncia ao Tribunal de Contas da União (TCU) que, em vez de contrato em reais, como determinava o edital do pregão 90104/24, a turma de Padilha o fez em dólares com uma GlobalX Technology Limited, registrada em Hong Kong. A manobra poderá custar até R$50 milhões a mais ao Brasil. O relator no TCU é o ministro Aroldo Cedraz.
O contrato do Ministério de Padilha utilizou a cotação de R$ 5,46 para a compra de 74,6 milhões de tubetes de insulina regular e NPH.
Além da exigência do edital, o pregoeiro confirmou, em resposta a uma consulta no sistema ComprasGov, que tudo deveria ser em reais.
Os contratos em dólar (US$52.2 milhões cada, cerca de R$600 milhões) fazem o Ministério pagar valores superiores aos previstos na licitação.
A coluna pediu esclarecimentos ao Ministério da Saúde já na sexta (20), mas informaram que somente seria possível responder nesta terça, 24.