O presidente Lula autorizou que emissários procurem caciques do MDB para tentar segurar o partido na base de apoio, em 2026. Isso divide e desagrada o PT, que ainda hoje culpa o ex-presidente Michel Temer pelo impeachment de Dilma, em 2016.
As conversas acontecem com discrição e tem alvos definidos, como os clãs Calheiros, em Alagoas, e Barbalho, no Pará. Desidratada politicamente, hostilizada até em seu Estado, a ministra Simone Tebet (Planejamento) tenta abiscoitar a vaga.
Sem prometer, mas sem negar, a insinuação dos conchavos é a vaga de vice-presidente na chapa de Lula, no ano que vem.
Apesar da reserva, a movimentação chegou ao PSB, hoje dono da vice. Ajudou a dar uma azedada na relação com os socialistas.
Caravanas que o MDB lançou em março, para ouvir a base, captou cenário desfavorável. O partido não quer papo com o desgastado Lula.
O MDB prepara um congresso nacional para bater o martelo sobre os rumos do partido para 2026. Se nada der errado, será em setembro.
Diário do Poder