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Diabetes tipo 5 é reconhecida oficialmente como nova doença; conheça todas as formas que existem
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Diabetes tipo 5 é reconhecida oficialmente como nova doença; conheça todas as formas que existem

O diabetes tipo 5 acaba de ser reconhecido como uma forma distinta de diabetes pela Federação Internacional de Diabetes. Apesar do nome, existem mais de uma dúzia de diferentes tipos de diabetes. A classificação não é tão simples quanto a numeração sugere.

Aqui está um guia claro sobre os diferentes tipos, incluindo alguns que talvez você nunca tenha ouvido falar, com informações sobre suas causas e tratamentos.

Tipo 1
O diabetes tipo 1 é causado pelo sistema imunológico do corpo, que ataca por engano as células produtoras de insulina no pâncreas. Essa reação autoimune pode ocorrer em qualquer idade, desde a infância até a velhice.

Não está ligado à dieta ou ao estilo de vida. Em vez disso, provavelmente resulta de uma combinação de predisposição genética e gatilhos ambientais, como infecções virais.

O tratamento envolve terapia com insulina por toda a vida, administrada por meio de injeções ou bombas.

Um pequeno número de pessoas que enfrenta episódios de hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no sangue) pode receber novas células pancreáticas produtoras de insulina de doadores falecidos. Para muitos, isso reduz o número de injeções de insulina necessárias. Alguns podem até parar de tomar insulina completamente.

Além disso, dezenas de pessoas já receberam transplantes derivados de células-tronco para efetivamente “curar” o diabetes, embora ainda seja necessário tomar medicamentos imunossupressores potentes. Esse tratamento ainda não está amplamente disponível.

Tipo 2
O diabetes tipo 2 é a forma mais comum da doença e frequentemente está associado a um IMC (índice de massa corporal) elevado. No entanto, também pode afetar pessoas com peso normal, especialmente aquelas com forte predisposição genética.

Certos grupos étnicos, incluindo sul-asiáticos e pessoas de ascendência africana e caribenha, apresentam risco aumentado — mesmo com pesos corporais mais baixos.

Estimular a produção de insulina pelo corpo pode ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue. Alguns medicamentos aumentam a produção de insulina pelo pâncreas, enquanto outros melhoram a sensibilidade à insulina.

A metformina, por exemplo, é usada por centenas de milhões de pessoas no mundo todo. Esse medicamento melhora a sensibilidade à insulina e interrompe a produção de glicose pelo fígado.

Existem dezenas de medicamentos diferentes para ajudar a controlar a glicemia no diabetes tipo 2. Personalizar o tratamento para cada indivíduo tem mostrado melhorar significativamente os desfechos de saúde.

Mudanças no estilo de vida também podem reverter o diabetes. Isso pode ser feito com uma dieta de baixo teor calórico, de 800 calorias por dia. Em um estudo clínico, manter essa dieta por 12 meses reverteu o diabetes em 46% das pessoas.

Diabetes gestacional
Esse tipo de diabetes se desenvolve durante a gravidez, geralmente entre as semanas 24 e 28. É desencadeado por alterações hormonais que reduzem a sensibilidade do corpo à insulina.

Os fatores de risco incluem sobrepeso ou obesidade, histórico familiar de diabetes e ter dado à luz um bebê grande em uma gestação anterior.

Pessoas de origem do Oriente Médio, sul-asiática, negra e africana-caribenha também têm maior risco de diabetes gestacional. A idade também é um fator, pois a sensibilidade à insulina diminui com o tempo. O tratamento pode incluir dieta e exercícios, comprimidos ou injeções de insulina.

Formas raras de diabetes
Há pelo menos nove subtipos de diabetes que incluem formas genéticas raras, às vezes causadas por uma única alteração genética. Outras podem ser provocadas por tratamentos, como cirurgias ou uso de medicamentos como esteroides.

Diabetes neonatal aparece nos primeiros meses de vida. Algumas alterações genéticas afetam a liberação de insulina pelo pâncreas. Algumas pessoas ainda produzem sua própria insulina, podendo ser tratadas com comprimidos que ajudam as células pancreáticas a liberar insulina.

Diabetes do tipo Mody (maturity onset diabetes of the young) ocorre mais tarde na vida e está ligado a alterações genéticas. Existem várias mutações possíveis: algumas afetam a forma como as células do pâncreas percebem a glicose; outras, como o pâncreas se desenvolve.

Diabetes tipo 3c é diferente. É causado por danos ao pâncreas. Pessoas com câncer pancreático, por exemplo, podem desenvolver diabetes após a remoção de partes do pâncreas. Também pode surgir após pancreatite (inflamação do pâncreas).

Pessoas com fibrose cística também têm maior risco de desenvolver diabetes, chamado diabetes relacionado à fibrose cística. O risco aumenta com a idade e é bastante comum — cerca de um terço das pessoas com fibrose cística desenvolvem diabetes até os 40 anos.

Tipo 5
Essa forma recentemente designada está relacionada à desnutrição na infância. O diabetes tipo 5 é mais comum em países mais pobres. Afeta cerca de 20 a 25 milhões de pessoas no mundo.

Essas pessoas têm baixo peso corporal e falta de insulina. Mas essa deficiência de insulina não é causada pelo sistema imunológico. Em vez disso, o corpo pode não ter recebido a nutrição adequada na infância para que o pâncreas se desenvolvesse normalmente.

Estudos com roedores mostraram que uma dieta pobre em proteínas durante a gestação ou adolescência leva a um desenvolvimento deficiente do pâncreas. Isso já é conhecido há muitos anos. Ter um pâncreas menor é um fator de risco para diferentes formas de diabetes. Essencialmente, isso significa ter menos reservas de células produtoras de insulina.

Diabetes é um termo guarda-chuva para uma série de condições que resultam em níveis elevados de glicose no sangue, mas as causas subjacentes variam amplamente. Compreender o tipo específico de diabetes que alguém tem é essencial para oferecer o tratamento adequado.

À medida que a ciência médica evolui, a classificação do diabetes também evolui. Reconhecer o diabetes relacionado à desnutrição como tipo 5 estimula o debate. É um passo em direção a uma melhor compreensão e cuidado globais — especialmente em países de baixa renda.

* Craig Beall é professor sênior em Neurociência da Homeostase Energética da Universidade de Exeter.

* Este artigo foi republicado do The Conversation sob uma licença Creative Commons. Leia o artigo original.

O Globo

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