Estava na fila do McDonald's, tinham dois meninos que queriam ser meninas e duas meninas que queriam ser meninos. Eles (elas) eram jovens, tinham menos de 20 anos, as tatuagens saiam pelo pescoço, braços e mãos. Mesmo novinhos, os corpos eram cheios de marcas, cicatrizes externas que devem sem bem menores que as internas. Esses jovens, não usavam cabelos pretos, loiros ou marrons, mas roxos com pink. As roupas eram mistura de pijamas, algo bem feio, quadriculado com listas.
Tinham piercings, deve ser para demonstrar deslocamento no modo de agir. Andavam arrastando a sola do sapato, como se tivessem preguiça de levantar os pés. Imagine esses jovens olhando para os pais, que devem ser da minha idade (46 anos), acredito que seja um desprezo, porque devem achar os pais uns babacas.
Nisso aí eu tenho que concordar com os jovens, os pais são babacas mesmo, queria ver entrar na minha casa alguém com piercing, tatuagem, cabelo azul, arrastando chinela. Não sei o tamanho da "personalidade" desses jovens, mas não deve ser diferente da minha época, apenas antes existia razoabilidade na criação.
Temos jovens afetados, que não sabem lidar com o "não", pais escravos de reizinhos e no meio dessa esculhambação uma geração perdida.
Senhores pais, não tenham medo de seus filhos, uma lagrima agora pode evitar um pranto mais tarde. Saibam dizer "não". Se um jovem falar em frustração, é bom lembrar da velha havaiana.
A fila do McDonald's andou, olhei para minha filha, dei logo um carão nela do nada, só para não perder a viagem. Lembrei do meu filho também, já tive vontade de ligar para ele dando um cacete. Motivo? Só para eles valorizarem pai e mãe.