Nessa onda de demissões de jornalistas com a narrativa que foram punidos porque eram de esquerda posso falar das minhas demissões por ser de direita.
Eu participava do Observador Político, na 93 FM de Mossoró. Eram 12 minutos, eu adorava, porque era um programa que escutava quando adolescente. Layrinho, que é meu amigo, me demitiu porque o governo Fátima Bezerra exigiu. Ou me demitia ou o patrocínio estava cortado. Não tiro a razão dele, sustentar um veículo de comunicação é muito difícil. O jogo é jogado.
Na Ponta Negra, fui contratado em um ato de rebeldia de Micarla de Souza. O governo ficou louco da vida. E todos os dias eram recados para emissora. E todos os dias eu podia falar menos, estava tão infeliz porque não podia dizer o que penso, pedi para sair. Da mesma forma entendo a emissora. Continuo com amizade com Micarla. Sei que não é fácil.
Rendo uma homenagem a Ênio Sinedino, esse já foi assediado de todos os jeitos pela minha cabeça. Me mantém. Talvez se fosse o inverso, eu acho não teria mantido Ênio. Ele sim é o corajoso. Um gigante.
Por fim, dizia o ex-senador Carlos Alberto, quer ter opinião, tenha seu veículo. No meu caso, a 96FM quebra a regra, porque tenho minha opinião no meu Blog (meu veículo) e lá no Jornal das 6. Amo Ênio! E no dia que sair, vou sair igual como fiz na 93FM e na Ponta Negra, mesmo chateado, respeitando quem me deu oportunidade.