A deputada transsexual Erika Hilton (PSOL-SP) sugeriu, nas redes sociais, que Oruam, filho do traficante Marcinho VP, se engaje com movimentos sociais alinhados à extrema-esquerda. A notícia é d'O Antagonista.
Disse estar “à disposição” para “construir junto” com o rapper, que tem tatuado no braço o rosto de Elias Maluco, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes, a quem chama de “tio”.
Suas músicas fazem referência direta ao tráfico, e ele costuma exaltar o pai, líder do Comando Vermelho. Essa aproximação não é isolada.
No Congresso, o PSOL tenta aprovar o projeto de lei 2709/2025, que impede vetos a artistas com base no conteúdo de suas obras.
O texto é uma resposta à “Lei Anti-Oruam”, proposta para barrar contratações públicas de funkeiros ligados ao crime.
A defesa institucional a esse tipo de personagem repete o padrão adotado pelo partido com MC Poze do Rodo, preso em maio por associação ao Comando Vermelho.
Mesmo após o funkeiro admitir essa ligação, lideranças do PSOL, como Talíria Petrone e a própria Erika Hilton, classificaram a prisão como “racismo institucional”.
O discurso da legenda trata esses casos como expressões de uma “cultura periférica” supostamente perseguida pelo Estado. Mas, na prática, esse posicionamento pode fortalecer símbolos do tráfico, legitimando um discurso que romantiza o crime organizado.