Rosas di Maria 2
849ba27f98c6f1fac7aa0e67fb92a736.avif
politica

Mario Sabino: Na Favela do Moinho, não é rico contra pobre. É PCC contra pobre

O texto do colunista Mario Sabino, do Portal Metrópoles, apontou que a disputa na Favela do Moinho, em São Paulo, não é rico contra pobre. É PCC contra pobre. Segue o texto: 

"O governo estadual quer eliminar essa última ferida de miséria no centro da capital, cujos moradores são explorados pela facção criminosa e que serve como entreposto da droga vendida na Cracolândia. Planeja transformar a favela em parque.

Até agora, 415 famílias, de um total de 900, foram transferidas para apartamentos adquiridos a preços fortemente subsidiados. O terreno da favela já estaria livre, não fosse a facção criminosa criar uma “resistência popular” à ação do governo estadual, que queria demolir as casas já vazias para evitar que voltassem a ser ocupadas.

Resistência popular é picaretagem manjada, mas o governo estadual caiu no logro. Partiu para o enfrentamento à la Guilherme Derrite, exatamente como a bandidagem queria.

O resultado era previsível: a imprensa foi para cima, com aquela indignação militante que a caracteriza, e o governo federal, dono do terreno, encontrou motivo para frear tudo. Até então, Brasília assistia impotente a Tarcísio de Freitas, eventual oponente de Lula na eleição presidencial, construir outro cartão postal da administração paulista.

O fim da favela só iria adiante, disse o governo federal, sempre tão cioso dos direitos humanos, se não houvesse mais intervenção policial violenta.

Um acordo verbal foi feito. Para dividir os louros da iniciativa alheia, o governo federal anunciou que também financiaria os apartamentos destinados aos antigos moradores da favela, em proporção bem maior do que o governo estadual.

Nas conversas, Brasília deu sinal de que entendeu a necessidade de continuar as demolições para ir liberando o terreno do futuro parque, e tudo bem. Lá veio Lula, então, visitar a favela para faturar em cima da obra de Tarcísio.

Só que, no dia seguinte à visita, o Ministério da Gestão e Inovação, comandado por la pasionaria Esther Dweck, publicou uma portaria condicionado a cessão da área à manutenção das casas já desocupadas, porque a sua demolição poderia comprometer a estrutura das construções vizinhas.

Além disso, o governo federal exigiu um cronograma do plano de execução do parque, mesmo sabendo que é impossível fazer estudos de solo e de topografia do terreno sem a demolição de todas as casas.

Tudo resolvido, nada combinado, e os meliantes estão adorando tantos cuidados do governo federal. O tal Léo Moinho, um dos líderes do PCC, aluga pelo menos 40 casas na favela. Há quem estime que ele seja dono do dobro disso. Outro cidadão exemplar, um certo Kanashiro, tinha 9 casas até recentemente, e um bar ainda funciona em uma delas."

Gostou desta notícia?
Participe do nosso grupo no WhatsApp e fique por dentro de todas as novidades!
Banner-Gemini-400px-x-400px.png Banner_Blazer_Evs_400x400px.jpg cuidare_certo_mobile-01_1.gif oorathoria_mobile-1_1.gif OUTDOOR_INSTITUCIONAL_HUMANA_NORDESTE_400X400.png 96 - FM - depois do post

0 comentários para "Mario Sabino: Na Favela do Moinho, não é rico contra pobre. É PCC contra pobre"

Deixe uma resposta para essa notícia

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

/1000.


Posts relacionados

Anuncie com a gente Documento com valores para anúncio

Mais lidas

  1. 1

    O racha entre a família Bolsonaro e Nikolas Ferreira

  2. 2

    [VÍDEO] Nikolas Ferreira desmascara, de novo, o PT

  3. 3

    Vereadora de Fátima e estridente Isolda vencem eleição do PT

  4. 4

    Professor da UFRJ que sugeriu “guilhotina” contra família de Roberto Justus foi secretário em governo Lula

  5. 5

    Trump acusa Brasil de “caça às bruxas” e cobra: “Deixem Bolsonaro em paz!”

banner-facex-mobile.png