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politica

Professor que sugeriu “guilhotina” contra Justus alega “metáfora”, mas já tinha atacado antes

O professor titular aposentado da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ) Marcos Dantas Loureiro alegou nesta segunda-feira, 7, no X, ter usado apenas uma “metáfora” no comentário de sexta-feira, 4, em que sugeriu “guilhotina” contra a família do empresário Roberto Justus.

A notícia é do portal O Antagonista. Para divulgar a nota, reproduzida adiante, Marcos Dantas teve de abrir a conta que havia fechado após a repercussão negativa de seu ataque. O Antagonista verificou, então, na timeline do dito professor que ele tem um histórico de 28 postagens citando a palavra “guilhotina”, um monte delas em defesa de seu uso contra pessoas ricas e/ou das quais ele diverge (bem como feitas durante os anos em que ainda era professor titular da ECO-UFRJ).

Em 22 de março de 2020, no começo da pandemia, ele já havia comentado uma postagem crítica ao próprio Roberto Justus, manifestando o desejo de operar a máquina que executaria o empresário. Na ocasião, veio a público um áudio em que Justus criticava a “histeria absolutamente desproporcional” com a Covid-19, duvidando da projeção de 1 milhão de mortos no Brasil.

O militante Dudu Guimarães compartilhou o referido áudio, comentando que “não tem como não odiar rico”. Outra usuária comentou: “Eu tento ser uma pessoa antipunitivista, mas me é impossível não sentir nojo da baixessa [sic] desse tipo de pensamento.” Marcos Dantas, em seguida, disparou: “Sou o oposto: adoraria ter emprego de operador de guilhotina…”

Em outro caso, de 31 de dezembro de 2019, ao comentar uma crítica a uma postagem atualmente fora do ar, o professor frisou que não se tratava da figura de linguagem que agora alega em sua defesa: “Só guilhotina. E não é metáfora”, escreveu.

O Antagonista reproduz abaixo a íntegra da nota desta segunda-feira, 7, com a qual Marcos Dantas busca evitar o processo anunciado por Roberto Justus no domingo, 6:

“Uma metáfora tornou-se ameaça de crime

Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora, alias volta e meia empregada por alguém no X (ex-Twitter). Uma referência simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para sempre a história da humanidade: a Revolução Francesa. Qual a causa dessa revolução? Uma realidade de profunda desigualdade social, alimentando o radicalismo político.

Uma imagem – repito, imagem, “print” – chegou-me, do jeito aleatório que chega no X, acompanhada de um comentário de pessoa com a qual volta e meia troco mensagens pelo X, fazendo referência a outro fato histórico, pelos mesmos motivos igualmente violento e dramático. Eu, inspirado na famosa frase de Maria Antonieta – “se não tem pão, comam biscoitos” – respondi com a dita metáfora. Entendo ser um símbolo dramático que nos alerta a todos da tragédia que se pode seguir a tanta instabilidade social.

Sr Justus,

Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, sua esposa ou sua filha. Isso seria um absurdo! Aos 77 anos de idade e vida realizada, felizmente sem motivo para complexos ou ressentimentos, sei muito bem, política e eticamente, que não resolveremos nossos graves problemas sociais, que o senhor certamente não ignora, através de violência social, muito menos individual. Porém, temo que se concretize o vaticínio cantado por Wilson das Neves e seu samba “No dia em que o morro descer e não for carnaval/Ninguém [inclusive eu] vai ficar pro desfile final”… Lembrar aquelas tragédias históricas, pode servir (gostaria que servisse) para alertar a todos quanto a situações que só estimulam, nas mentes mais simplórias, explosões de raiva.

Repito: não tive, não tenho, não passou pela minha cabeça ameaçar sua família. Mas se por obra desses incontroláveis fatores próprios da internet, o post lhe chegou a conhecimento e causou-lhe tantas e compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe.”

 

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